sexta-feira, 30 de julho de 2010

Feira Agroecológica de Fortaleza



Numa praça de Fortaleza, algo encantado irá acontecer nesse sábado, dia 31. Praça de gente, meninos e mulheres, jovens e homens trabalhadores, permacultores e artistas de rua, campo e cidade se encontrarão cheios de energia, experiências e coisas para compartilhar. Essa praça é a Gentilândia, ali no Benfica (Av. 13 de maio). A partir das 8h, o dia já começa com uma aula de ioga aberta para quem se interessar. Às 09h30, vamos esticar aquela toalha para o pic nic vegetariano numa conversa sobre alimentação com frutas. Durante a feira, os agricultores estarão expondo seus produtos agroecológicos e haverá também uma barraca de trocas. E, antes mesmo que termine, às 11h, o brilho, as cores, a alegria do Circo Místico e Músicos Encantados tomarão de conta da praça como seu grande palco. Venha, participe, colabore com a divulgação e lembre-se de trazer sua sacola. De coração aberto, construiremos juntos essa experiência solidária.

terça-feira, 27 de julho de 2010

A redescoberta do bambu.





Há milênios, ele dá forma a casas tradicionais no Japão e na China. Nos últimos anos, pesquisas avalizaram a resistência e durabilidade das varas na construção, enquanto sua versão laminada aparece em pisos e móveis


Ha duas décadas que a raça humana se depara (de forma sem precedentes na nossa história) com um novo conceito advindo de estudos e estatísticas acerca do consumo exacerbado por parte de nossa espécie de recursos naturais renováveis ou não;É o conceito de sustentabilidade. Esse conceito atualmente permeia todas as ações humanas, e não poderia ficar de fora da construção civil pois, pasmem, é a atividade humana mais poluidora que existe( em quantidade).

A necessidade de repensar o consumo de materiais na construção e na decoração para torná-las mais sustentáveis, atrai olhares para novas alternativas. É o caso do bambu, visto como a promessa para este século. Pesquisador desse recurso há mais de 30 anos, o professor Khosrow Ghavami, do Departamento de Engenharia Civil da PUC-RJ, não tem dúvidas sobre seu potencial. "Estudei 14 espécies e três delas, em especial, têm mais de 10 cm de diâmetro e são excelentes para a construção", diz ele, referindo-se ao guadua (Guadua angustifolia), ao bambu-gigante (Dendrocalamus giganteus) e ao bambu-mossô (Phyllostchys pubescens).

Todos estão presentes no Brasil, onde existem grandes florestas inexploradas. No Acre, por exemplo, os bambuzais cobrem 38% do estado. De crescimento rápido, essa gramínea chama a atenção, a princípio, pela beleza. Mas a resistência também surpreende: de frágil, ela não tem nada. "Sua compressão, flexão e tração já foram amplamente testadas e aprovadas em laboratório", afirma Marco Antonio Pereira, professor do Departamento de Engenharia Mecânica da Unesp, em Bauru, SP. Esse tempo de corte do Bambu é uma das mais revolucionárias de suas características. Enquanto árvores consideradas de corte rápido, como o eucalipto, demoram 20 anos para atingir o amadurecimento ideal e outras espécies podem chegar até 60 anos, o bambu está perfeito para corte em apenas 3 anos, com um pequeno cálculo já se pode avaliar o tamanho avanço na solução de um problema crítico no mundo atualmente que é a questão do defcit habitacional.

Vários arquitetos estrangeiros têm apostado no bambu em projetos públicos. Na Espanha, o Aeroporto Internacional de Barajas, do britânico Richard Rogers, surpreende os usuários com seu forro, que suaviza a aparência da estrutura de concreto e aço. Em locais como esse, de uso intenso, a opção pelo material atesta a confiança na sua durabilidade e resistência, já que manutenções frequentes não seriam bem-vindas. Se tratado adequadamente, o bambu apresenta durabilidade superior a 25 anos, equivalente à do eucalipto. Esse "tratamento" se refere aos cuidados desde o corte( No período lunar correto), aos tratamentos para retirar o amido e prevenir o ataque de pragas como brocas e carunchos. Na verdade, há conhecimento de estruturas construídas de bambu que têm algumas centenas de anos, como é o caso do famoso Taj Mahal, com mais de 500 anos.

Além do autoclave, outro procedimento comum é o de submergir as varas em água durante 20 dias, também produz bons resultados. No Brasil, a carioca Celina Llerena, sócia-fundadora da Escola de Bioarquitetura e Centro de Pesquisa e Tecnologia Experimental em Bambu (Ebiobambu), em Visconde de Mauá, RJ, encabeça a lista dos entusiastas. "Visitei a Colômbia há alguns anos e voltei encantada com as possibilidades que o material oferece", conta a arquiteta.

Embora no Brasil esse recurso apareça ainda timidamente em projetos de arquitetura, moradias de bambu são mais comuns do que se imagina. A organização chinesa International Network for Bamboo and Rattan (Inbar) estima que mais de 1 bilhão de pessoas habitam construções desse tipo em todo o mundo. "A maioria delas, no entanto, foi erguida em países em desenvolvimento, com técnicas tradicionais que estão se perdendo", comenta o professor Khosrow. 

Em contrapartida, países como a Colômbia e o Equador mantêm programas de habitações populares que privilegiam o bambu por causa do baixo custo e, com isso, estão formando mão de obra capacitada. Para os arquitetos especializados no assunto, o desafio é trafegar por duas frentes: resgatar conhecimentos e divulgar o bambu para combater o déficit habitacional e apagar a ideia de que ele seria um material menos nobre aprimorando técnicas para a aplicação em projetos de alto padrão. 


Outra finalidade encontrada para a fibra do bambu, que é altamente resistente, veio através da indústria têxtil, ao divulgar o desenvolvimento de um tecido com a fibra do bambu.Parece perfeito: um tecido fabricado do bambu, matéria-prima abundante na natureza, de crescimento rápido e fácil manejo sustentável. Natural e ecológico, não fosse o que se esconde por baixo do pano: esses fios resultam de processos produtivos que não podem ser considerados "verdes", segundo Hans-Jürgen Kleine, químico com mais de 30 anos de experiência na indústria têxtil e de celulose e fundador da Associação Catarinense do Bambu. Para fabricar um tecido natural, as fibras vegetais precisam ter, no mínimo, 30 mm de comprimento - caso do algodão e do linho, mas não das espécies de bambu (que têm apenas entre 2 e 3 mm). "Para quebrá-las e transformá-las, a indústria utiliza o dissulfeto de carbono, altamente tóxico ao meio ambiente", explica Hans.
Diante de tudo isso, dá para termos uma noção da tamanha importância de se implantar, no Brasil, um programa oficial de estudo e prática de todas as qualidades do bambu, diminuindo assim inclusive boa parte da devastação de florestas em busca de madeira pra construção civil.
postado por Moacir Teixeira Júnior - Jr. Animal.







segunda-feira, 19 de julho de 2010

Reciclar e reduzir o IPTU




"As ações de coleta seletiva de lixo podem gerar redução de impostos.
Os condomínios que fizerem parte da iniciativa recebem incentivo de 5% no IPTU desde que pelo menos 60% dos condôminos contribuam separando lixo seco (reciclável) de úmido (orgânico).


Separando o lixo seco reciclável para o recolhimento das associações de catadores do úmido (orgânico), levado pela Ecofor, os condôminos do residencial Manuela Mendes no bairro de Fátima não apenas ajudam a cuidar do meio ambiente, mas têm redução de impostos. O condomínio é um dos mais de 100 que já aderiram à coleta seletiva de lixo.


Os condomínios comerciais e residenciais que quiserem participar da iniciativa terão uma redução de 5% no Imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana (IPTU). Para ser contemplado, é necessário que pelo menos 60% dos condôminos contribuam e que cada um dos apartamentos ou salas comerciais tenham seu cadastro específico na Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semam) para determinar a quantidade de lixo devida.
A separação de materiais recicláveis já existe desde 2004 quando a educadora ambiental Rosalba Fernandes, que mora no prédio, começou a fazer um trabalho de conscientização. Os produtos são entregues a um agente ecológico (catador) que vai ao prédio todas as semanas.

Hoje, cerca de 95% dos 96 apartamentos já fazem a separação. Com a redução do IPTU, Rosalba acredita que mais pessoas devam aderir. “Todo mundo tem interesse de economizar”, completou. Segundo ela, se todos os apartamentos aderirem, a redução de R$ 18 por unidade gera uma economia de R$ 1,7 mil.

Destinação
Os resíduos precisam ser destinados a empresas que fazem reciclagem, conforme ponderou o assessor comercial do Sindicato das Empresas de Reciclagem de Resíduos Sólidos Domésticos, Industriais do Ceará (Sindiverde), Pedro Paulo Carrero. Segundo ele, a principal dificuldade para o estabelecimento de empresas desse tipo em Fortaleza é a falta de sistematização de uma coleta seletiva. “O princípio básico para a indústria de reciclagem é a coleta seletiva bem estruturada que propicia um material limpo e menos lixo é encaminhado para o lixão”.

Segundo Carrero, a utilização do material reciclado é não apenas ambientalmente importante, mas também é economicamente vantajoso. O alumínio reciclado, por exemplo, chega a ser de oito a nove vezes mais barato que o material virgem. O plástico também é mais barato, mas as empresas de reciclagem chegam a perder 20% do material coletado com a limpeza. Os preços mais baratos, no entanto, não são repassados para o consumidor final. Se fosse exigido o repasse, segundo Carrero, não seria mais interessante para muitas empresas. “A ideologia de preservação do meio ambiente é importante, mas se não tiver o poder econômico por trás, não funciona”, justificou. De acordo com a bióloga Laércia Gretha Amorim Gomes é necessário rever a relação da população com os resíduos sólidos. Ela sugeriu que é necessário reduzir o consumo, pensar antes de comprar, reutilizar e fazer a separação de materiais.


E mais

Outra estratégia utilizada pela prefeitura para discutir a questão do lixo na cidade é fomentar o debate entre a comunidade, a academia e o poder público. Por meio do Pacto por Fortaleza - a cidade que queremos até 2020, as três esferas vão poder apresentar propostas para a problemática. O pacto conta com um eixo temático denominado Resíduos Urbanos e Geração de Renda."


Fonte:
http://opovo.uol.com.br/app/o-povo/economia/2010/07/17/Internaeconomia,2021222/reciclar-e-reduzir-o-iptu.shtml

terça-feira, 13 de julho de 2010

Festa da Cura


Dia 16 de Julho (Sexta-feira), a partir das 20h, a Ong A Cura do Planeta realiza em sua sede a “Festa da Cura”, momento de descontração com encontro de malabares, delícias vegetarianas, exposição de artes, apresentação do núcleo artístico da Cura do Planeta, Feira de Trocas, entre outras atividades. Tudo isto regado a um bom som ao vivo – Canção Mandacaru e outras veredas e Jam Session. A Entrada é mediante uma contribuição: individual – R$ 5,00 / casadinho – R$ 8,00. As 10 primeiras pessoas que chegarem ao local ganharão uma blusa da ONG. Mais informações: 3023.1234.

LOCAL: Av. Senador Virgílio Távora 867, casa 58, Meireles ( Rua atrás da Nina Bijoux da D. Luís).

sábado, 10 de julho de 2010

Em defesa do Código Florestal



A mudança no código florestal foi aprovada na câmara dos deputados essa semana favorável aos ruralistas (agronegócio). Esse código representa a devastação das florestas no Brasil. Precisamos intensificar a luta. Estão sendo realizados atos em todo o Brasil para dizer não a esse retrocesso.

Entidades de Fortaleza realizam vigília, no Parque do Cocó, pelo Código Florestal

Manifestação, que conta com o apoio da Fundação SOS Mata Atlântica, teve caixões e coroas de flores, para simbolizar a morte da legislação ambiental e do patrimônio nacional brasileiro

No dia 09 de julho (sexta), das 18h às 00h, entidades do Fórum Cearense do Meio Ambiente realizaram uma vigília para marcar a aprovação de mudanças catastróficas na legislação ambiental brasileira. A manifestação, que aconteceu no Parque do Cocó, contou com caixões e coroas de flores, simbolizando a morte do Código Florestal e também de bens fundamentais de nosso patrimônio natural, como a água, as florestas, a biodiversidade e a regulação do clima.

A Comissão Especial do Código Florestal na Câmara dos Deputados aprovou nesta semana diversas mudanças na legislação atual. As mudanças, defendidas pela bancada ruralista e pelo setor do agronegócio, haviam sido compiladas em um relatório apresentado pelo deputado Aldo Rebelo no início de junho. O texto aprovado pela Comissão segue agora para o plenário da Câmara dos Deputados, mas ainda não tem data definida para entrar em votação.

Entre as mudanças mais perigosas para o meio ambiente, estão a anistia para quem desmatou até 2008, o fim da reserva legal para propriedades de até quatro módulos, a diminuição das Áreas de Preservação Permanente e a autorização para que Estados e municípios legislem sobre o assunto.

A Fundação SOS Mata Atlântica vem acompanhando as discussões sobre o Código Florestal desde o início e em março deste ano lançou a campanha Exterminadores do Futuro, que tem por objetivo proteger a legislação ambiental brasileira, monitorando o andamento de leis e decretos e o comportamento dos parlamentares sobre temas que interfiram na proteção do bioma Mata Atlântica.

“Iniciativas como a das entidades cearenses são fundamentais para mostrar para a população o que está acontecendo em Brasília e como alguns deputados vem destruindo o meio ambiente e ameaçando nosso futuro”, disse Mario Mantovani, diretor de políticas públicas da Fundação. “Os brasileiros estão preocupados com seu patrimônio natural e não querem ver as leis ambientais destroçadas, mas muitas vezes nem ficam sabendo o que acontece no Congresso. Por isso essas mobilizações regionais são tão importantes”

Código Florestal: quem votou contra e quem votou a favor

Os que votaram a favor do substitutivo de Aldo Rabelo:

Anselmo de Jesus (PT-RO) - SIM
Homero Pereira (PR-MT) - SIM
Luis Carlos Heinze (PP-RS) - SIM
Moacir Micheletto (PMDB-PR) - SIM
Paulo Piau (PPS-MG) - SIM
Valdir Colatto (PMDB-SC) - SIM
Hernandes Amorim (PTB-RO) - SIM
Marcos Montes (DEM-MG) - SIM
Moreira Mendes (PPS-RO) - SIM
Duarte Nogueira (PSDB-SP) - SIM
Aldo Rebelo (PCdoB-SP)- SIM
Reinhold Stephanes (PMDB-PR)- SIM
Eduardo Seabra (PTB-AP) - SIM
TOTAL A FAVOR: 13

Os que votaram contra:

Dr. Rosinha (PT-PR) - NÃO
Ricardo Tripoli (PSDB-SP) - NÃO
Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) - NÃO
Sarney Filho (PV-MA) - NÃO
Ivan Valente (PSOL-SP) - NÃO
TOTAL CONTRA: 5

(Fonte: Frente Parlamentar Ambientalista)