terça-feira, 19 de outubro de 2010

I Jornada Permacultural do Ceará


Atividades nos municípios de Fortaleza, Sobral e Aratuba serão realizadas entre os dias 22 de outubro a 11 de novembro


A Permacultura se apresenta ao mundo como uma ferramenta para alcançar uma cultura de permanência, trabalhando em conjunto com a natureza para construir ambientes humanos sustentáveis. Acreditando nessa proposta, O Núcleo de Estudos e Práticas em Permacultura no Semi-árido – Neppsa - da Universidade Estadual do Ceará – UECE, em parceria com o Banco do Nordeste (BNB), Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial do Ceará – Senac/CE, Instituto Nordeste Cidadania (INEC), Associação Civil Terrazul, Instituto de Ecologia Social Carnaúba, Rede Permanece, Associação Maloca Sustentável, UniGaia – Brasil e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), realizam a I Jornada Permacultural do Ceará, entre os dias 22 de outubro a 11 de novembro, com atividades nos municípios de Fortaleza, Sobral e Aratuba.


A Jornada se desenvolverá numa seqüência de eventos articulados entre os parceiros. Cursos, palestras, rodas de diálogo, visitas técnicas, entre outras atividades, fazem parte da programação. Todos os eventos acontecerão em torno da vinda do permacultor Skye Riquelme, com décadas de experiência internacional em educação, formação e consultoria em permacultura. Destaque para dois grandes cursos que serão facilitados pelo Permacultor: Curso de Design em Permacultura – PDC (72h) e Curso Avançado de Educação em Permaculturam (40h), sendo este último direcionado apenas para quem já fez o PDC.


Skye Riquelme



Além do permacultor Skye Riquelme, se fará presente também durante a Jornada, Stefano Soldati, Presidente da Academia Italiana de Permacultura e especialista em construção ecológica, que vai contribuir apresentando algumas de suas técnicas construtivas e mostrar um panorama sobre a permacultura na Europa.


De acordo com Luciana Campos, presidente da Associação Maloca Sustentável, a idéia da Jornada surgiu da articulação entre as diversas entidades que difundem no Ceará a prática da Permacultura. “Sentimos a necessidade de alcançar mais pessoas, de potencializar recursos, atingindo mais resultados na socialização da Permacultura. Através dessa jornada, pretendemos formar permacultores e educadores em permacultura que sejam multiplicadores em suas localidades e microregiões, suprindo, dessa maneira, uma lacuna existente na educação para a sustentabilidade no nosso estado”.


A solenidade oficial de abertura da Jornada acontece no dia 24 de outubro, às 19h no Senac Iracema, em Fortaleza, sendo aberta ao público. Na ocasião, será apresentado um vídeo-documentário sobre a linha do tempo e o estado d’arte da permacultura no Ceará.


Mais informações:


Skye Riquelme

Natural de Melbourne, Austrália. Máster em ''IESD''/Integrated EcoSocial Design (Design Integrativo de Sistemas EcoSociais) pela Gaia University International. Certificado em Design de Permacultura pelo Permaculture Institute (Austrália). Formação em Física Nuclear (Astrofísica) pela University de Melbourne/Austrália. Ministrou Cursos de Permacultura na Austrália, México, Japão, Kênia, África do Sul, Cuba, Inglaterra, Alemanha e Argentina. Residente por 10 anos em Crystal Waters Permaculture Village, considerada uma das três melhores do mundo por ser o melhor centro de experiências em Permacultura e Ecovilas da Austrália. Co-autor do livro "Manual for Teaching Permaculture Creatively" (Manual para Ensinar Permacultura Criativamente). Ministrou Curso Avançado em Facilitação de Ensinamentos para a Associação de Mestres de Permacultura nos Estados do leste dos Estados Unidos. Co-fundador da instituição Earthcare Enterprises, especializada em organizar e ensinar cursos de Certificado de Design de Permacultura, onde foi focalizador por 6 anos em mais de 30 cursos. Co-fundador e sócio da Geelong Permaculture Design Collective, consultoria em permacultura. Foi Diretor de Educação no Instituto de Permacultura do México difundindo suas técnicas por diversos estados deste país, onde viveu por cinco anos. Sócio fundador do Instituto de Permacultura Cerrado-Pantanal/IPCP, em Campo Grande-MS, onde viveu por oito anos, ministrando diversos cursos com comunidades rurais, quilombolas e indígenas. Sócio-colaborador do Instituto de Permacultura Cerrado-Pantanal e Mata Atlântica. Hoje atua pela UniGaia-brasil na área de Educação em Permacultura. Skye também é o criador do sistema UniMão de Aprendizagem em Permacultura.


Sobre a Permacultura


Conceito criado na década de 70, pelos ecologistas australianos Bill Mollinson e David Holmgren, a Permacultura acredita que cada ser humano deve ser responsável ambientalmente pela sua existência e deve se envolver cotidianamente em atividades de auto-produção dos aspectos da vida. Seguir esses princípios e os colocar em prática em tudo que nos rodeia, como abrigo, alimento, saúde, bem-estar, transporte, educação e energias sustentáveis, interagindo criativamente com a natureza e projetando, criando e gerenciando as nossas ações em hamonia com o meio ambiente, é o método de planejamento, atualização e manutenção de sistemas de escala humana ambientalmente sustentáveis, socialmente justos e financeiramente viáveis.


Programação da Jornada:


Data

Atividade

23/10

Ciclo de Conversa acerca da Educação, Permacultura e Ecovila para a comunidade em geral;

Visita ao Núcleo Mestre Sidon, para troca de experiências com pessoas do Novo Encanto, em Sobral.

24/10

Cerimônia oficial de abertura da jornada, no auditório do Senac Iracema, em Fortaleza, com a apresentação da linha do tempo e do estado d’arte da permacultura no Ceará.

25 a 29/10

Curso de Educação em Permacultura, ministrado por Skye Riquelme, na UECE, evento promovido e organizado pelo NEPPSA. Palestra aberta ao público no Auditório Central da UECE com o tema a “Permacultura no contexto acadêmico dia 25/10.

30/10

Pic-nic permacultural na Praça da Gentilândia, concomitantemente com a Feira Agroecológica do Benfica. (manhã)

Visita-técnica à Comunidade de Sussuí, Quixadá, para conhecer o Projeto de Desenvolvimento e Integração Comunitária do Instituto Nordeste Cidadania – INEC (tarde)

01 a 11/11

Início do Curso de Design em Permacultura – PDC na Reserva Particular do Patrimônio Natural - Ecosítio da Cultura Permanente, no município de Aratuba, Maciço do Baturité.



Assessoria de Imprensa: Juliana Lacerda (85) 9999.4939

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Manobra Radical


A Materia abaixo foiretirado do jornal Diário do Nordeste, e foi escrita por George Noronha. Nela o jornalista cobre a participação de integrantes da ONG Maloca Sustentável, nas comemorações do aniversário da escolhinha de surf da Abreulândia, praia do município de Fortaleza, quase fronteira com o município de Aquiraz.


Foi com muita alegria e satisfação que realizou-se no dia 12 de outubro de 2010 a comemoração do aniversário da Escolinha de Surfe da Abreulândia.

Estiveram presentes ativistas da permacultura que deram uma super aula de ecologia e ensinaram como plantar e cultivar uma horta ecologicamente correta aos professores da rede estadual e municipal que são amigos do projeto e também se fizeram presentes.

Além dessa turma ecológica, os alunos da Escolinha de Surf da Abreulândia assistiram a um divertido show dos palhaços Marróia e Mah que animou a todos.

Graças ao trabalho do guerreiro Magão e amigos, e ao apoio de várias pessoas e entidades, a Abreulândia teve uma grande celebração de surfe.

Parabéns a todos que fazem parte do Abreulândia Surfe Clube e da Escolinha de Surfe da Abreulândia.

Nós do Manobra Radical apoiamos esse projeto sabendo que esse tipo de iniciativa é de suma importância para a formação integral das crianças e jovens das comunidades envolvidas no projeto, constituindo assim, um instrumento de promoção de uma cultura de paz, de hábitos saudáveis através do esporte e da criação de oportunidades.

Maiores informações pelo email: magaodamagic@hotmail.com ou pelo telefone: (85) 8847-6616



quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Telhado Verde em ônibus


Fonte: http://ciclovivo.com.br/noticia.phz/1265/primeiro_onibus_com_sistema_de_telhado_verde_circula_em_nova_york/

A natureza não está muito presentes nas grandes cidades. A maioria dos centros urbanos é repleta de concretos, ferro e asfalto. Para dar um toque diferente a essa realidade, o designer Marco Antonio Cosio criou o Bus Roots, que têm um verdadeiro “jardim em seu telhado”.

Cidades como Nova York, por exemplo, não possuem mais espaço para o crescimento de áreas verdes. O Bus Roots nasceu com o objetivo de ser a solução para esse problema, além de ajudar a diminuir as ilhas de calor, trazer a natureza às cidades e melhorar a qualidade de vida das pessoas.

O intuito do designer é conseguir plantar, em média, 15 hectares de plantas em 4500 ônibus de Nova York, EUA. A área ocupada pelos jardins seria equivalente a quatro Bryant Parks localizado na mesma cidade.

A ideia surgiu para uma competição conhecida como DesignWala Grand Idea Competition e conquistou o segundo lugar na premiação. O projeto objetiva conectar novamente as comunidades urbanas à natureza, e melhorar a qualidade o ambiente ao redor. O Bus Roots possui efeito estético, isolação térmica e acústica, absorção de CO2, restauro do habitat, educação pública e recreação, entre outras coisas. A criação é um projeto público e divertido, que levanta questões como: agricultura urbana e nômade, remediação ambiental, novos modelos de vida e educação, padrões de migração e transporte.

O primeiro protótipo, testado em Nova York, foi instalado no teto do Biobus, que é pioneiro no uso de um sistema de telhado verde na metrópole americana.




sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Para lavar a égua! pos..a água


No Brasil, existem mais residências com aparelhos de TV (95%), telefone (84%) e DVD (72%) do que ligadas a redes de esgotos ou a fossas sépticas (59%). É o que diz o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com base na Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (PNAD), realizada em 2009 e divulgada há um mês.


Quem não tem esgoto nem fossa dispensa os dejetos a céu aberto e, direta ou indiretamente, tudo acaba nos rios, lagos, mar e outros corpos d’água. Quem tem o esgoto coletado envia os dejetos para alguma estação de tratamento, que reduz a poluição orgânica e devolve a água mais ou menos limpa para rios, lagos e mar. Isso quando existe de fato algum tratamento, pois boa parte das redes de esgotos apenas faz a coleta em domicílio, concentra a sujeira, e também a destina aos corpos d’água, sem qualquer tratamento.


Seja como for, tratar esgotos a ponto de ‘lavar a água’ e deixá-la limpinha, livre até de bactérias, ainda é uma meta distante. Para alcançá-la, não basta recorrer aos métodos tradicionais de tratamento de dejetos. É preciso inovar. Exatamente o que fazem pesquisadores como Mauro Parolin e Jefferson de Queiroz Crispim, ambos da Faculdade de Ciências e Letras de Campo Mourão (Fecilcam), no Paraná.


Eles desenvolveram um modelo de tratamento dos esgotos domésticos para propriedades rurais, escolas e condomínios, capaz de tratar 95% da sujeira. E deixam os últimos 5% por conta dos cauxis, como são genericamente chamadas várias espécies de esponjas de água doce, que se alimentam de bactérias e livram o precioso líquido de qualquer contaminação biológica.


“Na estação de tratamento por zonas de raízes, primeiro filtramos os dejetos em brita e areia, depois fazemos o líquido circular pelas raízes de plantas aquáticas, retirando 95% da carga poluidora. Em seguida, a água passa por mais uma caixa com as esponjas e elas fazem um último trabalho de limpeza, retirando as bactérias”, explica Parolin. “Os cauxis são animais filtradores por natureza. Eles filtram a água para obter seu alimento, que são os micro-organismos”.


Os pesquisadores do Paraná já instalaram suas estações de tratamento em diversas propriedades rurais e em escolas e estão ajustando a forma de operação para chegar a uma rotina fácil de ser seguida por leigos. Paralelamente, estudam maneiras de reproduzir as esponjas em cativeiro para acrescentá-las à caixa de purificação final, nestas estações. “Nossa preocupação é usar, em cada região, apenas espécies locais, de modo a não causar desequilíbrios, pois a água limpa é devolvida aos rios e uma espécie de outra localidade poderia se tornar invasora. Na estação, as esponjas ficam contidas, mas elas lançam seus ‘embriões’ na água corrente”.


Especialista em cauxis, a pesquisadora Cecília Volkmer Ribeiro, do Museu de Ciências Naturais da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, incluiu 11 espécies brasileiras na Lista Vermelha do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). São esponjas de ocorrência muito restrita, limitada a algumas lagoas.


As espécies menos ameaçadas, no entanto, poderiam ter uso comercial. E a pesquisadora aponta outras particularidades desses organismos, com potencial a ser desenvolvido. “As esponjas de água doce produzem biosílica, um material com muitas aplicações possíveis, até como chips de computador”, diz. A biosílica se encontra nas espículas, um tipo de espinho de que é constituída a estrutura do animal.


Conforme relata Cecília, algumas etnias indígenas utilizavam estas espículas para tornar suas cerâmicas mais resistentes, caso dos Carajás. “Isso no passado, os Carajás atuais não mantiveram a tradição deste tipo de cerâmica”, comenta. Mas nas peças antigas, o desenho das espículas chega a ser visível em meio à argila moldada.


No Centro-Oeste, as espículas são utilizadas na produção de cerâmica refratária, inclusive para exportação. A forma de exploração, porém, não é sustentável. O ideal seria promover a criação de esponjas para não depredar as concentrações naturais. “Há um projeto neste sentido destinado a lagos de hidrelétricas”, observa a especialista. “A esponjicultura de água doce poderia produzir o único bem mineral renovável de que temos notícia!


Taí a sugestão para as concessionárias operadoras de hidrelétricas: além de produzir energia, que tal entrar no ramo das biosílicas?


Foto: Vanessa de Souza Machado – Esponja (mancha verde) da espécie Oncosclera jewelii em ambiente natural, no rio Tainhas, RS


Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br/blog/biodiversa




Plantando Sementes pela Vida


(Autor Desconhecido)

Um homem morava numa cidade grande e trabalhava numa fábrica. Todos os dias ele pegava o ônibus e viajava cinqüenta minutos até o trabalho.À tardinha fazia a mesma coisa voltando para a casa.

No ponto seguinte ao que homem subia, entrava uma velhinha, que procurava sempre sentar na janela.

Abria a bolsa tirava um pacotinho e passava a viagem toda jogando alguma coisa para fora do ônibus.

Um dia, o homem reparou na cena. Ficou curioso. No dia seguinte, a mesma coisa. Certa vez o homem sentou-se ao lado da velhinha e não resistiu:

- Bom tarde, desculpe a curiosidade, mas o que a senhora esta jogando pela janela?
- Boa tarde, respondeu a velhinha. - Jogo sementes.
- Sementes? Sementes de que?
- De flor. É que eu viajo neste ônibus todos os dias. Olho para fora e a estrada é tão vazia.
E gostaria de poder viajar vendo flores coloridas por todo o caminho... Imagine como seria bom.



- Mas a senhora não vê que as sementes caem no asfalto, são esmagadas pelos pneus dos carros, devoradas pelos passarinhos... A senhora acha que essas flores vão nascer aí, na beira da estrada?

- Acho, meu filho. Mesmo que muitas sejam perdidas, algumas certamente acabam caindo na terra e com o tempo vão brotar.
- Mesmo assim, demoram para crescer, precisam de água...
- Ah, eu faço minha parte. Sempre há dias de chuva. Além disso, apesar da demora, se eu não jogar as sementes, as flores nunca vão nascer .


Dizendo isso, a velhinha virou-se para a janela aberta e recomeçou seu "trabalho". O homem desceu logo adiante, achando que a velhinha já estava meio "caduca".O tempo passou...

Um dia, no mesmo ônibus, sentado à janela, o homem levou um susto, olhou para fora e viu margaridas na beira da estrada, hortênsias azuis, rosas, cravos, dálias...


A paisagem estava colorida, linda.O homem lembrou-se da velhinha, procurou-a no ônibus e acabou perguntando para o cobrador, que conhecia todo mundo.

- A velhinha das sementes? Pois é, morreu de pneumonia no mês passado.

O homem voltou para o seu lugar e continuou olhando a paisagem florida pela janela.
"Quem diria, as flores brotaram mesmo", pensou. "Mas de que adiantou o trabalho da velhinha?
A coitada morreu e não pode ver esta beleza toda".

Nesse instante, o homem escutou uma risada de criança.No banco da frente, um garotinho apontava pela janela entusiasmado:

- Olha, mãe, que lindo, quanta flor pela estrada... Como se chamam aquelas azuis?

Então, o homem entendeu o que a velhinha tinha feito. Mesmo não estando ali para contemplar as flores que tinha plantado, a velhinha deveria estar feliz. Afinal, ela tinha dado um presente maravilhoso para as pessoas.

No dia seguinte, o homem entrou no ônibus, sentou-se numa janela e tirou do bolso um pacotinho...

Eram sementes ...

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Feira Agroecológica do Benfica - Calendário de outubro


Oficinas:

Dia 09 - Rodas, pinturas e feituras de brinquedos (especial Dia das Crianças)
Dia 23 - Reflexologia (Grupo Vida e Equilíbrio)
Dia 30 - Princípios de Permacultura Urbana (Skye Riquelme)

Local: Praça da Gentilândia - Benfica
Informações: consumidoresresponsaveis.blogspot.com
Contato: (85) 3281.0246