segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Seja um EcoAtivista, não um EcoChato ou EcoPoser

Este texto, dividido em duas partes, é destinado àqueles que não conseguem mais manter a neutralidade face às condutas responsáveis pela degradação contínua de nossos recursos naturais. Seu objetivo é apresentar os conceitos primordiais de EcoAtivismo e fornecer algumas dicas importantes para quem deseja passar da indignação passiva à ação.




PARTE UM


Vivemos uma época intensa, em todos os aspectos. Um tempo de transformação, devidoa múltiplos fatores. Mas existe um tema que, cada vez mais, gera uma convergência global em torno de sua análise, discussão e atuação: o meio ambiente. Uma expressão que não apenas virou moda, como aparece cada vez mais inserida no universo empresarial. Um assunto hoje não mais restrito a círculos de profissionais, estudiosos e grupos ativistas, permeando também o dia-a-dia de donas de casa, estudantes e cidadãos em geral, como eu que escrevo este texto e você.


Tem gente que conversa esporadicamente, tem quem fale sobre isso o tempo todo apenas para demonstrar sua erudição, tem de tudo nesse amplo departamento chamado Percepção e Reação. Inclusive pessoas que se cansam de tanta conversa e sentem-se imbuídas da missão de efetivamente lutar pela preservação da natureza, pelo florescer de uma nova consciência.


É neste momento que surge a primeira questão fundamental: como é que a gente se alista no Exército Verde? A resposta, felizmente, é de múltipla escolha e todas as alternativas estão corretas.


Você pode começar logo da maneira mais eficaz de todas: na sua casa. No seu corpo. Na sua vida.

A primeira e mais revolucionária mudança que uma pessoa pode promover é em sua própria natureza. Se o objetivo é influenciar, o exemplo pessoal é muito mais eficaz que a mais rebuscada argumentação. Existem muitos hábitos que podem ser reavaliados. Será que você precisa todo mês de mais uma calça, mais um tênis, mais um eletrônico? Será que você consegue parar de comer carne? Será que você capaz de gerar menos lixo? Ou melhor ainda: de selecionar o que descarta para facilitar a reciclagem? Quem adere ao EcoAtivismo precisa se dispor a uma profunda mudança em seus arraigados valores e costumes, antes de pensar em mudar seu vizinho ou o mundo.


Os efeitos imediatamente visíveis de suas novas escolhas não são nada frente à imensa e complexa cadeia de eventos que elas influenciam.

Sabemos que a lógica de mercado, em nossa economia, sempre visa o lucro imediato. Foi antes de tudo esta predisposição que instituiu inúmeras práticas exploratórias destrutivas que se perpetuam a gerações em nosso planeta, resultando em calamidades ambientais e imensas desigualdades sociais. Mas, historicamente, sempre que se atingiu uma massa crítica de pessoas militando ativamente por um mesmo ideal, uma revolução ocorreu. O Big-Bang de um universo pessoal em transformação gera ondas que tocam e transformam indefinidamente os mais variados receptores e dimensões em seu caminho.




2 comentários:

  1. A coisa que mais me pegou nesse lance de sustentabilidade e o que me irritava muito, eram os copos descartáveis. Por todos os lugares eles me seguiam. Ai tomei uma atitude: vou a todos os lugares com minha canequinha que cabe na bolsa e não "prego" nada. Isso tem dado muito certo, pois ao verem a caneca, já logo pensam e comentam: que atitude ecologica...rs. Isso já faz uns 5 anos. Parabens pela materia. Gostei muito.

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  2. Parabéns pela sua atitude Elaine. Mesmo a menor das atitudes pode causar um efeito dominó nessa eco-transformação. A revolução do novo milênio será silenciosa e partirá de cada ser habitante desse planeta azul: cuidando do nosso jardim pessoal através das atitudes, para que um novo mundo floresça em cada um de nós!
    Exelente texto Daniel!
    Instigante e dinâmico.
    Gratidão pela colaboração!

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